A clareza didática das fontes do Direito Romano e a atualidade elucidativa (e provocativa) com que ele enfrenta os problemas do direito contemporâneo favoreceram a crescente acolhida de minha tradução do primeiro livro do Digesto, que ora completa 10 anos.

Professores de Direito Romano, de História do Direito e de Introdução ao Estudo do Direito por todo o Brasil têm feito uso desse precioso material que os juristas romanos nos legaram e que consubstancia, em poucas páginas, a experiência jurídica de vários séculos.

Sua leitura com alunos dos primeiros anos dos cursos jurídicos tem proporcionado uma estimulante análise do desenvolvimento do nosso sistema jurídico, seja para evidenciar os desvios, seja para compreender os aprimoramentos conceituais que o Direito Romano apresenta através dos séculos. Daí a razão de suas continuadas edições.

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Também nestes dez anos assistimos com esperança ao engrandecimento da América Latina e dos Estudos Romanísticos. Ao lado do fortalecimento dos laços no MERCOSUR e na mais recente UNASUR, respectivamente, no âmbito universitário, também os professores argentinos, uruguaios, paraguaios e brasileiros se encontram com mais frequência e adotam as fontes romanas e o Latim como instrumentos de diálogo e de crescimento. Nessas duas disciplinas encontramos as raízes culturais comuns, das quais ainda nos socorremos para levar ao concerto das nações uma mensagem de paz, de humanismo e de universalismo?"

(Do Prefácio à 4." edição, do AuTOR.)